Atualmente, a discussão a respeito da presença de diversidade no mercado de trabalho tem sido cada vez mais frequente. Por conta disso, grandes empresas e entidades avaliaram como que podem contribuir com a adesão de colaboradores plurais, impactando em maior representatividade, uma delas sendo a de pessoas LGBTQIA+. Mas, você sabe por que é importante haver […]
Atualmente, a discussão a respeito da presença de diversidade no mercado de trabalho tem sido cada vez mais frequente. Por conta disso, grandes empresas e entidades avaliaram como que podem contribuir com a adesão de colaboradores plurais, impactando em maior representatividade, uma delas sendo a de pessoas LGBTQIA+.
Mas, você sabe por que é importante haver inclusão nas empresas e como isso impacta positivamente? Compreenda neste conteúdo!
Até começo dos anos 2000, era comum que as pessoas conhecessem a comunidade pela sigla GLS, ou seja, Gays, Lésbicas e Simpatizantes. Um tempo depois foi atualizada para LGBT que acrescentou Bissexuais e Transexuais no contexto.
Hoje, o termo engloba mais representatividade e incluí Queers, Intersexuais e Assexuais. Além disso, indica que existem mais formas de representação.
Mas, é importante compreender que o termo atual engloba orientações sexuais e identidades de gênero.
As orientações sexuais indicam a maneira com a qual uma determinada pessoa se sente atraída sexual e afetivamente por outros indivíduos.
Já a identidade de gênero está relacionada à forma como a pessoa de identifica, ou seja, se há identificação como homem, mulher, os dois de maneira fluida ou, até mesmo, nenhum deles.
L: lésbicas
Orientação sexual está atrelada a como mulheres cisgênero e transgênero se sentem atraídas por outras mulheres, de maneira afetiva e sexual.
Cisgênero: relativo à identidade de gênero idêntica ao sexo que foi atribuído à nascença.
Transgênero: Identidade de gênero diferente do sexo designado no momento de nascimento.
G: gays
Orientação sexual que se refere a homens cisgênero ou transgênero que sentem atração e afetividade por outros homens.
B: bissexuais
Orientação sexual de pessoas que se relacionam afetiva e sexualmente tanto com mulheres quanto com mulheres.
Vale ressaltar que inclusive pessoas transgêneros podem ser bissexuais, pois está atrelado à orientação sexual e não gênero.
T: transexuais
Este é um conceito relacionado à identidade de gênero. Dessa forma, pessoas que no momento de nascimento são dadas como mulher por conta do órgão genital, na realidade se enxergam como homem. Sendo assim homem trans.
Ou, indivíduos que no nascimento são dados como homem por conta do órgão genital, mas se identificam como mulher. Sendo assim mulher trans.
Q: queer
O queer em português significa “estranho”. O termo em inglês foi utilizado por anos como uma forma pejorativa de chamar pessoas que não se identificavam nem como homem nem mulher.
Assim, a pessoa queer não se identifica 100% com nenhum dos dois gêneros comuns na sociedade. Dessa forma, podem se enxergar como terceiro gênero, fluido ou andrógino.
Além disso, podem apresentar características masculinas e femininas sem necessariamente se identificar com esse gênero. Sendo assim, sua sexualidade também pode não ser definida como hétero ou homossexual.
Conforme explica a Associação Brasileira de Estudos da Homocultura (ABEH), queer está relacionado a indivíduos que não correspondem à heteronormatividade.
Portanto, a orientação sexual, identidade de gênero ou expressão de gênero não são necessariamente atendidas como o esperado socialmente.
I: intersexo
A intersexualidade está relacionada a pessoas que nascem com genitais de um sexo, mas seu sistema reprodutivo e hormônios podem corresponder a outro. Pode ocorrer também de apresentar a anatomia sexual nem masculina nem feminina.
Infelizmente, no passado, as pessoas chamavam erroneamente de “hermafroditas”. Assim, o termo é extremamente preconceituoso e não mais aceito socialmente.
A: assexual
Pessoas assexuais não sentem atração sexual, seja pelo sexo oposto ou pelo mesmo sexo. Contudo, não significa que não vão desenvolver relações afetivas e amorosas.
+
O + na sigla indica que há outras variações de orientação sexual e identidade de gênero, ou seja, as pessoas são plurais e podem se expressar de diferentes maneiras.
A consciência de que vivemos em uma sociedade múltipla, com variadas culturas e estilos de vida faz com que preconceitos e discriminações diminuam cada vez mais.
Assim, experimentar a diversidade na vida cotidiana e nas relações de trabalho promove a cultura, empatia, novas experiências e aumenta a pluralidade que pode haver nos espaços.
Além disso, ao compreender que a inclusão de pessoas LGBTQIA+ nos ambientes de trabalho é uma ação necessária, as empresas contribuem para:
Contudo, a inclusão de pessoas LGBTQIA+ no mercado de trabalho ainda não acontece com tanta frequência.
Conforme alguns dados de 2020, subtraídos a partir de levantamento feito pelo projeto ‘Demitindo Preconceitos’, o Brasil ainda está longe de atingir a adesão ideal. Veja:
Outro estudo realizado em 2018 apresenta que, 33% das empresas do Brasil não contratariam profissionais LGBTQIA+ para cargos de chefia. 41% das pessoas empregadas afirmam ter sofrido algum tipo de discriminação no ambiente de trabalho, por conta da orientação sexual ou identidade de gênero. E, 90% dos travestis entram em situação de prostituição por não conseguirem emprego, mesmo tendo boas qualificações. Dados extraídos do levantamento da Center for Talent Innovation.
O RH, junto a líderes e tomadores de decisão, pode impulsionar a contratação de pessoas LGBTQIA+, como forma de promover a diversidade e pluralidade.
Dentre as ações que os recursos humanos podem realizar, uma das mais relevantes está atrelada a como os profissionais de RH podem garantir a integridade dos colaboradores. Além disso, proibir discriminações! Contudo, há outras maneiras de promover inclusão, como:
Leia também: Linguagem inclusiva
A Constituição Federal e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) impedem qualquer discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero. Em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) deferiu a criminalização da homofobia e da transfobia.
Dessa forma, é importante manter políticas de antidiscriminação dentro das empresas, a fim de eliminar as chances de que tais atitudes ocorram no ambiente de trabalho.
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