O setor de Recursos Humanos é um dos que mais concentra mulheres em seus diferentes postos de trabalho. Mas um fenômeno ainda mais interessante acontece nesta área. Em um contexto onde as mulheres ainda têm dificuldades para conquistar as posições de chefia, o RH se destaca como um segmento no qual esta realidade é bem […]
O setor de Recursos Humanos é um dos que mais concentra mulheres em seus diferentes postos de trabalho. Mas um fenômeno ainda mais interessante acontece nesta área. Em um contexto onde as mulheres ainda têm dificuldades para conquistar as posições de chefia, o RH se destaca como um segmento no qual esta realidade é bem diferente, em todo o mundo.
Estatísticas de diversas entidades de trabalho globais e nacionais apontam que no departamento de Recursos Humanos a participação das mulheres é expressiva também nas posições hierárquicas mais altas. Estes dados revelam uma tendência global que é altamente relevante para as mulheres trabalhadoras dos mais diversos segmentos, mas, sobretudo, para aquelas em carreiras dentro do setor de RH.
Veja a seguir um pouco mais sobre a realidade da ocupação de cargos de liderança no departamento de RH por mulheres!
Até algumas décadas atrás, não era comum que as mulheres trabalhassem fora de casa. No entanto, transformações socioculturais, sobretudo nos países do ocidente, trouxeram mudanças para este paradigma. Desde meados do último século, a presença das mulheres em postos de trabalho formais vem aumentando expressivamente.
E há alguns setores onde a presença feminina é mais expressiva do que em outros. O segmento de Recursos Humanos é um bom exemplo. De acordo com dados do Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, no Brasil, aproximadamente 75,2% dos trabalhadores nesta área são mulheres, sendo que um número expressivo delas ocupa os cargos de liderança nos departamentos de RH.
E este fenômeno não se restringe ao território brasileiro. Segundo a Organização Internacional do Trabalho, o setor de RH é o que mais concentra mulheres em cargos de gestão em todo o mundo. Além disso, pesquisa da Catalyst, organização sem fins lucrativos que promove ações para ampliar a presença de mulheres em cargos de chefia, constatou que, em 2020, 40% dos cargos de Diretoria de Recursos Humanos em todo o mundo eram ocupados por mulheres, além de haver representantes do gênero feminino em outras posições estratégicas.
Para se ter uma ideia, os próximos setores com mais mulheres ocupando cargos de chefia nesta lista são marketing, com 17% e informações com 16%. Esta grande diferença nas estatísticas, deixa claro como o setor de Recursos Humanos é o que mais abre as portas das posições de liderança para as mulheres.
Neste contexto, o país com maior representatividade feminina nos cargos de chefia do RH são os Estados Unidos, onde 73% dos chefes de departamento do setor são mulheres, de acordo com dados da Secretaria de Estatísticas Trabalhistas do país. A tendência é que este fenômeno seja replicado em todo o mundo, com o aumento das mulheres no setor a cada ano e ampliação de seu acesso às posições de liderança.
As taxas de presença feminina em posições de chefia no setor de Recursos Humanos não são os únicos dados que sugerem otimismo para as mulheres da área. Quando analisado o impacto do trabalho destas líderes nas empresas que representam, é possível notar que sua atuação é de qualidade notável.
A empresa de consultoria em gestão Korn Ferry realizou uma análise no quadro de funcionários das 1.000 maiores empresas estadunidenses. A pesquisa revelou quem em 55% destes negócios, a Diretoria de Recursos Humanos é chefiada por uma mulher.
Mas quais são as razões por trás da ampla presença feminina especificamente nos cargos de liderança do RH, e de seu grande sucesso no setor? De acordo com Matthew Bidwell, professor e pesquisador de padrões do trabalho e do emprego na Universidade da Pensilvânia, uma das causas para este fenômeno pode ser a abordagem que as mulheres dão ao seu trabalho.
Apesar de cada indivíduo possuir sua personalidade, formação e influências socioculturais específicas, é possível identificar e diferenciar padrões no modo de trabalhar de homens e mulheres. E quando estas distinções se alinham de modos diferentes com as expectativas do mercado, é possível que um gênero se destaque em dada atividade, levando inclusive à superação de preconceitos e estigmas que possam dificultar o acesso a determinadas posições.
Neste contexto, segundo o acadêmico, o mercado de trabalho está se voltando cada vez mais para a busca e a preparação de novos talentos, a fim de prover posições estratégicas com pessoas de perfil adequado para cada função. E quando comparado o direcionamento do trabalho de mulheres versus homens nos cargos de chefia de departamento de RH, percebe-se que elas investem mais tempo e recursos em desenvolvimento de talentos, enquanto os homens tendem a dedicar-se mais à consultoria e aconselhamento.
Deste modo, a abordagem feminina fornece mais valor para as companhias à medida que elas estão mais atentas e alinhadas com as atuais necessidades do mercado. Assim, as líderes do setor de Recursos Humanos vêm ajudando suas empresas a conquistarem melhores resultados por meio de sua abordagem da função.
No entanto, este provavelmente não é o único fator motivando o grande número de mulheres em cargos de liderança. Há diversos aspectos socioculturais que também fazem parte desta conta, inclusive a maior procura de mulheres por trabalhos em geral no setor.
No entanto, independentemente das razões que levam o setor de Recursos Humanos a ser amplamente populado e chefiado por mulheres, as estatísticas do segmento representam importantes transformações no mercado profissional. Ambientes de trabalho mais diversos, com pessoas de diferentes etnias, gêneros e históricos sociais e culturais, são munidos de maior variedade de referências para o desenvolvimento de soluções e para a resolução de problemas.
São, portanto, mais eficientes. Desta forma, as transformações que estão acontecendo, com ascensão das mulheres aos cargos de liderança no RH, podem se difundir para outros setores e também fomentar maior diversidade em geral no mercado de trabalho. Além disso, é um termômetro da evolução da área, que com maior aceitação a pessoas diversas em cargos estratégicos, ganha em eficiência.
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