A saúde mental no trabalho é um componente fundamental para o bem-estar geral de todos os colaboradores. Afinal, ela não afeta apenas a rotina profissional, mas também aspectos da vida fora do local de trabalho. Ser mentalmente saudável está relacionado à capacidade de se adaptar às mudanças, lidar com o estresse, tomar decisões e construir […]
A saúde mental no trabalho é um componente fundamental para o bem-estar geral de todos os colaboradores. Afinal, ela não afeta apenas a rotina profissional, mas também aspectos da vida fora do local de trabalho.
Ser mentalmente saudável está relacionado à capacidade de se adaptar às mudanças, lidar com o estresse, tomar decisões e construir relacionamentos.
Nas empresas, essas características são essenciais para o engajamento, produtividade e satisfação dos colaboradores. Elas também impactam diretamente no clima e no desempenho organizacional, bem como na redução do absenteísmo e da rotatividade.
Ou seja, uma empresa que investe na saúde e bem-estar no trabalho também está investindo no seu próprio sucesso.
Quer conhecer as melhores práticas para acompanhar e impulsionar a saúde mental da sua equipe, agregando benefícios mútuos para o seu negócio e para as pessoas que fazem parte dele?
Neste conteúdo, você encontrará tudo o que precisa saber sobre o tema. Acompanhe.
A saúde mental no trabalho exerce influência significativa nas empresas, afetando diversos aspectos operacionais e relacionados ao desempenho.
Isso porque, colaboradores mentalmente saudáveis tendem a ser mais produtivos, engajados, criativos e colaborativos. Portanto, trata-se de uma questão que impacta positivamente todo o ambiente laboral.
Por outro lado, problemas como estresse excessivo, ansiedade ou depressão podem resultar em absenteísmo, baixa produtividade e aumento do turnover.
Dessa maneira, a falta de suporte à saúde mental pode gerar enormes prejuízos. Isso não só em termos humanos, mas também de desempenho e até mesmo para a própria imagem da organização.
Para você ter ideia, os transtornos mentais são a terceira maior causa de afastamento do trabalho no Brasil. O dado é do Observatório de Segurança e Saúde do Trabalho.
Além disso, nosso país lidera o ranking de depressão e ansiedade em toda a América Latina. São cerca de 19 milhões de pessoas com essas condições, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
No mundo, estima-se que 12 bilhões de dias de expediente são perdidos todos os anos por conta desses mesmos transtornos, como aponta a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Tanto que, segundo a World Health Organization, a depressão e a ansiedade são responsáveis por uma perda de cerca de US$ 1 trilhão na economia mundial.
Em contrapartida, a mesma fonte sugere que, para cada US$ 1 investido em ações de saúde mental no trabalho, as empresas recebem de volta US$ 4 em ganhos relacionados ao aumento de produtividade.
Voltando ao Brasil, um estudo divulgado pela VC S/A mostrou que 84% dos talentos brasileiros consideram que as organizações precisam melhorar suas políticas de bem-estar.
Continue a leitura para descobrir como fugir dessa estatística e fazer mais em prol da sua equipe.
Ficar atento aos colaboradores é essencial para conseguir se conectar com a sua equipe e demonstrar que o interesse nas pessoas vai muito além dos resultados e da produtividade.
Para prestar suporte aos profissionais que enfrentam problemas de saúde mental no trabalho, você precisa conhecer e monitorar os sinais de alerta. Eles geralmente incluem:
Se você perceber que algum membro da sua equipe apresenta essas condições, tenha em mente que esse não é um momento para aumentar as cobranças, mas sim de prestar suporte.
Além disso, o ideal é atuar de forma preventiva, para que as pessoas se sintam acolhidas e consigam resolver suas questões antes que se transformem em problemas maiores.
Veja algumas boas práticas:
Quando uma liderança notar alterações comportamentais e de performance, é ideal que haja uma conversa próxima, a fim de entender o que está acontecendo e como é possível ajudar.
Essa aproximação é essencial tanto para entender a situação quanto para demonstrar acolhimento. Trata-se de um primeiro passo importante para “destravar” qualquer receio.
A partir disso, o ideal é buscar entendimento sobre o problema e debater as melhores formas de solucioná-lo, seja com mudanças no ambiente interno ou suporte à saúde mental.
Independentemente da situação, quando a equipe sabe que pode contar com apoio dentro da organização, isso por si só já melhora o clima organizacional.
Ainda em relação às atribuições das lideranças, seu papel também é auxiliar o desenvolvimento profissional dos colaboradores. Isso influencia diretamente o senso de valorização dos talentos e, consequentemente, sua saúde mental no trabalho.
Seria impossível contribuir para o crescimento das pessoas sem a troca de feedbacks. Nesses momentos, os líderes também podem aproveitar para perguntar como cada membro da equipe está se sentindo e se precisam de suporte para alguma questão ligada à empresa.
Caso alguém manifeste alguma angústia, é possível acionar o RH para encontrar meios de apoio, seja com suporte psicológico ou soluções para seus problemas laborais.
Por falar no RH, tenha em mente que a área de Recursos Humanos deve ser protagonista na promoção da saúde mental no trabalho.
Por isso, é essencial comunicar para todos os profissionais que o departamento também está à disposição para apoiá-los em suas demandas.
Até porque, algumas pessoas não se sentem à vontade para desabafar com seus líderes. Claro que essa é uma questão a ser trabalhada, para que a equipe sinta abertura para demonstrar suas fraquezas, mas também é importante dar alternativas para que todos sejam amparados.
Esclareça que o RH pode ser acionado em caso de problemas e crie ações de apoio e prevenção aos colaboradores, seguindo as dicas que abordaremos nos próximos capítulos.
Por mais que não existam normas e leis específicas sobre saúde mental no trabalho, a legislação brasileira possui diversas menções sobre o tema.
Toda empresa tem responsabilidades sociais, que incluem a garantia de uma boa gestão dos seus recursos humanos, o cuidado com a saúde e segurança dos colaboradores, a promoção de uma cultura que respeite os direitos humanos, entre muitas outras.
No Art. 7º Constituição Federal, por exemplo, está descrito que é direito de todos os trabalhadores a “redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança”.
Nesse contexto, diversos dispositivos do Direito podem ser citados para elucidar a responsabilidade das organizações em preservar o bem-estar mental dos seus colaboradores.
Isso inclui desde a Lei 6.514, que versa sobre as exigências atreladas à medicina e segurança no trabalho, até a Lei 10.216, que protege os trabalhadores portadores de transtornos mentais, o próprio dispositivo de Saúde e Segurança do Trabalho (SST), e assim por diante.
As previsões legais sobre saúde mental no trabalho são amplas, e também podem embasar a criação de algumas políticas internas nas organizações, como:
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio é de suma importância para assegurar as obrigações constitucionais e do Direito do Trabalho relacionadas à saúde mental no ambiente laboral.
Isso porque, a CIPA atua na identificação e prevenção de riscos psicossociais, além de ser um canal para expressão de preocupações dos colaboradores. Sua presença fortalece a cultura de segurança e colabora para a promoção do bem-estar emocional dos funcionários.
Sua implementação é regulada pela NR 5. Além disso, com a Lei 14.457, de março de 2023, a comissão também se tornou responsável pela conscientização, sensibilização e treinamento sobre assédio laboral, que também influencia significativamente o bem-estar organizacional.
Além dos aspectos legais, as novas exigências do mercado também devem guiar a implementação de políticas em prol da saúde mental no trabalho. Esse é o caso das práticas de ESG, que reforçam o compromisso ambiental, social e de governança das empresas.
A responsabilidade social, destacada na letra S do ESG, reflete não apenas o compromisso com a comunidade, mas também a preocupação genuína com o equilíbrio emocional e a qualidade de vida dos membros da equipe.
Dessa forma, a convergência entre as práticas da CIPA, as diretrizes legais, e os princípios ESG cria um ambiente de trabalho mais saudável e alinhado com as expectativas éticas e sociais.
Voltando às questões legais sobre saúde mental no trabalho, vale ressaltar que qualquer doença psicológica pode justificar o afastamento de um colaborador. Para isso, a condição deve ser incapacitante para o exercício das funções laborais, conforme o Art. 59 da Lei 8.213.
Dessa maneira, para que a pessoa consiga obter afastamento por meio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ele precisa realizar um acompanhamento médico para verificar suas condições.
Além disso, um profissional de saúde mental deve avaliar as questões psicológicas do indivíduo e atestar se elas são provocadas pelo ambiente de trabalho ou não.
Pela parte das empresas, cabe ao RH prestar todo o apoio necessário aos membros da equipe para esse tipo de procedimento.
Veja algumas dicas para dar um suporte administrativo humanizado e que respeite a saúde mental no trabalho:
Além disso, o RH deve fazer uma gestão completa das licenças médicas. Isso permite entender se há gargalos no clima organizacional que estão impactando os colaboradores.
Por exemplo, a apresentação excessiva de atestados revela um alto índice de absenteísmo, que por sua vez pode estar associado a desgastes laborais e problemas internos que podem prejudicar a saúde mental no trabalho.
A capacidade de comunicação no ambiente laboral faz toda a diferença para a manutenção de relações saudáveis, colaborativas e mais produtivas.
Para as lideranças, essa importância é ainda maior. Afinal, o modo como os líderes interagem com os colaboradores impacta diretamente a qualidade do clima organizacional e, consequentemente, a saúde mental no trabalho.
Os liderados precisam de apoio e orientação no dia a dia, o que contribui para seu desenvolvimento, para o cumprimento de metas e resolução de problemas. Isso exige a adoção de uma comunicação assertiva e não violenta.
Lembrando que ser assertivo significa ter capacidade de expressar opiniões, pensamentos e até mesmo sentimentos de uma forma que os demais consigam compreender claramente.
Contudo, a comunicação assertiva não pode ser confundida com o “sincericídio”, que é simplesmente falar o que pensa sem ter empatia. Seu foco está na objetividade, clareza e no senso empático daquilo que está sendo comunicado.
Já a comunicação não violenta complementa essas características. Ela se refere à capacidade de entendimento mútuo, compreensão e colaboração nas relações profissionais e pessoais, para que as partes estabeleçam diálogos sempre construtivos e não conflituosos.
Prezar pela comunicação assertiva e não violenta é essencial para interagir com a equipe sem que existam ruídos. Isso promove relações mais positivas e construtivas, que são vitais para a saúde mental no trabalho.
Veja algumas dicas para desenvolver esses fundamentos:
Garanta que suas mensagens sejam claras e compreensíveis. Evite ambiguidades, utilizando uma linguagem direta e objetiva. A clareza na comunicação reduz mal-entendidos, fortalecendo a confiança e promovendo um ambiente de trabalho mais saudável.
Demonstre empatia ao se comunicar, mostrando compreensão pelos sentimentos e perspectivas dos outros. Reconhecer as emoções dos colaboradores cria um ambiente acolhedor, faz com que eles se sintam compreendidos e fortalece os laços interpessoais.
Pratique a escuta ativa, dedicando atenção total quando as pessoas expressam suas ideias, preocupações ou feedbacks. Isso fortalece a confiança e demonstra respeito pelas opiniões, promovendo um ambiente colaborativo e menos estressante.
Assegure que sua mensagem seja compreendida. Encoraje a equipe a fazer perguntas para esclarecer dúvidas e esteja aberto a ajustar a comunicação conforme necessário. Uma compreensão mútua reduz a ansiedade e contribui para um ambiente mais saudável.
Incentive a comunicação aberta. Estimule os colaboradores a compartilharem suas preocupações, sugestões e ideias, promovendo um senso de participação e pertencimento. Uma cultura de abertura é fundamental para o bem-estar emocional no trabalho.
Os programas de bem-estar e saúde mental no trabalho são iniciativas promovidas pelo RH que valorizam a saúde física e mental dos colaboradores, promovem equilíbrio entre sua vida pessoal e profissional e aumentam a satisfação geral, engajamento e retenção.
Esse tipo de ação vai além dos benefícios tradicionais, como férias remuneradas, plano de saúde, auxílio para trabalho remoto, entre outros.
Isso porque, o foco central é desenvolver mecanismos e atividades para melhorar a qualidade de vida dos profissionais continuamente.
Diversas ações podem ser implementadas em um programa corporativo para apoiar e valorizar o bem-estar da sua equipe. Veja os melhores exemplos e como desenvolvê-los:
Implemente o auxílio bem-estar, dando uma bonificação aos colaboradores para que decidam como investir em sua saúde mental.
Esse incentivo permite uma abordagem personalizada, reconhecendo que as necessidades de cada indivíduo são únicas, e fortalece a autonomia na busca por atividades ou serviços que promovam seu bem-estar.
Reconheça a importância da saúde emocional promovendo workshops, aconselhamento individual e práticas como mindfulness no ambiente de trabalho.
Diversificar as abordagens permite que os colaboradores escolham métodos que melhor se adequem às suas necessidades, contribuindo para um ambiente mais resiliente e equilibrado.
Facilite o acesso dos colaboradores ao apoio psicológico, seja por meio de convênios com profissionais qualificados ou oferecendo sessões de aconselhamento interno.
Essa medida não apenas destaca o compromisso da empresa com o bem-estar mental, mas também remove barreiras que poderiam impedir os colaboradores de buscar ajuda quando necessário.
Minimize a pressão no ambiente de trabalho incentivando pausas regulares ao longo das jornadas diárias.
Promova uma cultura que valorize o equilíbrio, seja implementando breves intervalos para descanso ou estimulando atividades que ajudem a recarregar a energia, contribuindo para a produtividade e a saúde mental dos colaboradores.
Priorize a ergonomia no ambiente de trabalho, reconhecendo seus impactos na saúde mental e física dos colaboradores.
Ajuste o espaço de trabalho para promover posturas saudáveis, forneça mobiliário adequado e encoraje pausas ergonômicas para reduzir o estresse físico.
Reconheça a importância das atividades físicas na saúde mental no trabalho e ofereça benefícios que incentivem os colaboradores a se manterem ativos. Esse é um cuidado essencial para manter a equipe mais saudável e produtiva.
Considerando a importância do equilíbrio entre vida pessoal e profissional, encoraje práticas orientadas a essa harmonia.
Isso inclui horários flexíveis, dias de folga para recuperação e políticas que respeitem o tempo pessoal dos colaboradores. Esses cuidados contribuem para a prevenção do esgotamento e fortalecem a saúde mental.
Fomente o desenvolvimento pessoal dos membros da equipe, oferecendo oportunidades de aprendizado e crescimento.
A perspectiva de evolução profissional impacta positivamente na motivação e satisfação. O resultado é a construção de uma cultura organizacional que valoriza o bem-estar integral dos colaboradores.
Tenha em mente que as finanças também influenciam a saúde mental no trabalho e fora dele.
Para auxiliar seu time, adote iniciativas como treinamentos sobre gestão financeira, benefícios flexíveis e suporte para planejamento orçamentário.
Abordar essa questão proporciona um compromisso holístico com o cuidado da equipe.
A conscientização é central para a construção de uma cultura de apoio e compreensão. Por isso, preze pela informação e procure quebrar todos os tabus associados ao tema.
Desenvolva programas educativos, palestras e campanhas internas para criar um ambiente onde os colaboradores sintam-se à vontade para falar sobre saúde mental no trabalho, buscando apoio quando necessário.
Como reforçamos ao longo deste conteúdo, os líderes são protagonistas ao lado do RH na valorização da saúde mental no trabalho.
Afinal, mais que supervisionar os liderados, suas tarefas e metas, a forma como eles gerenciam a equipe influencia diretamente o clima e a cultura organizacional, além do bem-estar mental e psicológico dos profissionais.
Nesse sentido, lidar com diferentes demandas empresariais, gerenciar pessoas e tomar decisões desafiadoras constantemente podem ser atividades estressantes.
Por isso, é essencial desenvolver programas de treinamento sobre o tema para líderes. O foco é que eles mesmo desfrutem da saúde mental no trabalho e consigam promovê-la para o restante dos colaboradores.
Em primeiro lugar, é essencial conscientizar sobre a importância dessa questão. As lideranças devem ter consciência sobre os impactos positivos de cuidarem de si e de evitarem condições como estresse, esgotamento e ansiedade na equipe.
Esse é o ponto de partida para que eles consigam implementar políticas e ações preventivas bem-sucedidas em prol de um ambiente mais saudável.
Além disso, os líderes devem ter suas habilidades de comunicação aprimoradas. Isso os permite ouvir melhor as preocupações dos colaboradores, lidar com suas demandas e expressar de forma clara suas próprias necessidades.
Da mesma forma, é importante a qualificação para o manejo do estresse, por meio de técnicas de relaxamento e orientações sobre como buscar apoio.
O mesmo se aplica à capacidade de resiliência. Os líderes devem ser capacitados para enfrentar os desafios cotidianos com inteligência emocional, se adaptar a mudanças, mediar conflitos e superar desafios.
Por fim, o sucesso desse tipo de estratégia depende da promoção de uma cultura organizacional que valorize a saúde mental no trabalho e que preze pelo cuidado mútuo, em que as pessoas possam se apoiar e encontrar ajuda quando necessário.
Ao cuidar do bem-estar dos colaboradores, o RH e as lideranças não apenas promovem um ambiente mais saudável, mas também contribuem para o sucesso geral da empresa, criando uma cultura de apoio, compreensão e resiliência.
Sabia que um bom sistema de RH ajuda o setor de recursos humanos a valorizar a saúde mental dos colaboradores?
Ao automatizar tarefas e fornecer dados para a tomada de decisões, a tecnologia permite que o RH concentre-se em atividades mais estratégicas, como a implementação de políticas e programas de saúde mental e a identificação de colaboradores em risco.
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