A complexidade da área fiscal brasileira faz com que as empresas invistam constantemente em recursos tecnológicos, que otimizam essa atividade e proporcionam agilidade no departamento tributário. No primeiro trimestre de 2020, a Doing Business realizou uma pesquisa para analisar a burocracia no pagamento de impostos e mostrou que, no Brasil, são gastos mais de 1.500 horas na preparação e pagamento dos impostos. Tal dado enfatiza a dificuldade […]
A complexidade da área fiscal brasileira faz com que as empresas invistam constantemente em recursos tecnológicos, que otimizam essa atividade e proporcionam agilidade no departamento tributário.
No primeiro trimestre de 2020, a Doing Business realizou uma pesquisa para analisar a burocracia no pagamento de impostos e mostrou que, no Brasil, são gastos mais de 1.500 horas na preparação e pagamento dos impostos.
Tal dado enfatiza a dificuldade de realizar essa tarefa e a necessidade de utilizar métodos e recursos que viabilize a rotina dos profissionais e empresa.
Sem dúvidas, a tecnologia vem como aliada do departamento tributário, especialmente por promover modernização aos processos.
Hoje, há inúmeros recursos e ferramentas que viabilizam essa modernização, como sistemas de gestão, inteligência artificial e automação. Por isso, neste artigo vamos abordar como a tecnologia auxilia a área fiscal e tributária nas empresas.
Mundialmente, o departamento tributário passa por atualizações e ganha inovação. No Brasil, essa modernização também acontece.
Em 2007, iniciou a implementação do SPED Fiscal (Sistema Público de Escrituração Fiscal), que trouxe importantes mudanças, especialmente em relação à entrega das informações.
Assim, grandes empresas de tecnologia começaram a desenvolver equipamentos que agilizassem o recebimento das informações de maneira digital. Um exemplo disso é o T-Rex, um supercomputador desenvolvido pela IBM, que auxiliou a Receita Federal na popular – e temida –malha fina.
Além disso, o centro Tecnológico da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em parceria com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), desenvolveu o Harpia, um software que conecta as bases de dados do Fisco com a de outras entidades, como as secretarias municipais e estaduais de Fazenda.
O Harpia foi desenvolvido em 2008, com a premissa de contribuir com o projeto da Receita Federal do Brasil (RFB), o qual tem a finalidade de combater a sonegação fiscal no país.
Sendo assim, as informações das empresas são transmitidas online, por meio de processos digitais. Tal evolução proporcionou que o Fisco integrasse e compasse dados tributários informados aos órgãos: Ministério Público, Polícia Federal, Banco Central do Brasil e Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).
Além dos motivos óbvios, que são otimização e agilidade, investir em tecnologia no departamento tributário é essencial, para obter melhores resultados. E muitas empresas já perceberam isso.
A pesquisa realizada pela Deloitte, com diferentes empresas e segmentos, analisou o envolvimento das organizações com tecnologia.
O estudo mostrou que mais de 70% dos participantes já automatizam as operações de emissão de notas fiscais, entrega de obrigações ao Sped Fiscal, e demais tarefas.
Além disso, 50% das organizações pretendem adotar soluções voltadas aos processos tributários. Portanto, os gestores investem nas ferramentas como objetivo de melhorar o desempenho e reduzir erros.
Vale ressaltar que o nível de investimento em automação fiscal e demais recursos para a área é proporcional ao grau de tecnologias já implantadas. O porte e potencial financeiro também influenciam.
Além disso, as organizações que atribuem inovação no departamento tributário obtêm benefícios significativos, como:
Esse levantamento apresenta vantagens adquiridas com a automação da área tributária. Entretanto, segundo a pesquisa “Tax do Amanhã”, promovida pela Deloitte, 25% das empresas ainda não automatizaram o processo de emissão de notas fiscais.
Por isso, é importante fomentar cada vez mais a adoção de ferramentas capazes de melhorar a atuação do setor tributário.
Um fator essencial para a aquisição de recursos tecnológicos para o departamento tributário é a redução da força de trabalho com atividades manuais. Portanto, a transformação proporciona essa digitalização dos processos.
Portanto, confira algumas tecnologias que são cruciais para a otimização do setor fiscal das empresas e que auxiliam os profissionais da área.
O machine learning é uma das ferramentas mais comuns da inteligência artificial. Então, aplicado ao setor fiscal tem a capacidade de integrar as informações rapidamente, corretamente, e melhorar o sistema de controle interno.
Assim, ao alimentar o algoritmo de machine learning constantemente com os dados tributários da empresa, seu funcionamento melhora progressivamente.
A automatização e tempo de uso desse recurso da inteligência artificial proporciona aumento da eficiência do departamento tributário. Aliás, melhora a tarefa de importação dos dados. Além disso, existem outros benefícios, que são:
Bom, sabemos que o setor fiscal envia muitas informações ao SPED e seria impossível que todas elas fossem analisadas simultaneamente pelos profissionais. Por isso, que a tecnologia de data analytics é uma importante aliada.
Ao aplicar inteligência para tabulação das informações enviadas é possível criar um método de análise, comparação e desenvolvimento de insights de melhoria e inovação.
Desse modo, ao utilizar um data analytics os profissionais e as empresas ganham vantagens, como:
Ainda conforme a pesquisa da Deloitte, 61% das empresas participantes têm planos para aderir a computação em nuvem em seus processos.
Tal dado demonstra o interesse cada vez maior por essa tecnologia. Mas, como ela é aplicada no dia a dia? Nós vamos explicar!
A computação em nuvem é aplicada por meio de um conjunto de equipamentos e softwares interligados pela internet e compartilhados entre os usuários do sistema, como o ERP.
Assim, o departamento tributário e fiscal em nuvem utiliza os recursos de software e data centers, que viabilizam a coleta, segurança e tratamento dos dados. E quais os benefícios? São eles:
O ERP – Enterprise Resource Planning, em português conhecido como sistema de gestão empresarial, serve para automatizar processos e integrar setores da empresa.
Por isso é essencial para a área fiscal, já que consegue se comunicar com a contabilidade, estoque, vendas e outros.
Sendo assim, o ERP impacta no funcionamento perfeito desses diferentes setores, automatizando as tarefas, como lançamento de notas, entradas e saídas, e demais atividades.
Além disso, para o departamento tributário atuar de maneira assertiva, ele precisa se basear nos dados gerados pela empresa.
Assim, o primeiro passo é reunir as informações em um mesmo lugar e permitir o acesso simplificado. Essa é uma das principais funções do ERP.
Portanto, o sistema ERP proporciona diferentes benefícios para as empresas e o próprio setor fiscal, como:
São inúmeras as vantagens ao investir em tecnologia para o departamento tributário. Os profissionais da área ganham com isso, o setor melhora, a empresa obtém competitividade e até mesmo o cliente sente os benefícios.
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