Desenvolver novos tipos de liderança, focadas nas particularidades da era digital, tornou-se uma demanda central para as empresas que desejam manter sua relevância em um mercado cada vez mais exigente, dinâmico e marcado por constantes mudanças.

Enquanto as transformações tecnológicas avançam, influenciando os modos de trabalho e de consumo, cabe aos líderes dominar as inovações que hoje ditam a eficiência dos negócios e adaptar-se aos modelos de gestão gerados por elas. 

Mas, quais os principais tipos de liderança e gestão de pessoas atualmente? Qual seu papel na cultura organizacional? Como orientá-los a uma abordagem mais digital? Quais as melhores tecnologias para apoiar esse processo? Descubra a seguir.

Tipos de liderança na era digital 

Para entender melhor o que é liderança na era digital, é importante conhecer os tipos mais comuns de líderes presentes nas organizações. São eles:

Liderança autocrática

A liderança autocrática tem um perfil mais clássico, que atua em uma posição de maior comando em relação à equipe. Trata-se de um líder que centraliza responsabilidades, é pouco aberto à troca de ideias e mantém relações de autoridade.

Por mais que a firmeza na tomada de decisões favoreça sua agilidade, a falta de abertura e proximidade com os colaboradores pode comprometer a capacidade de inovação, colaboração e engajamento.

Liderança democrática

Nesse tipo, os líderes são mais acessíveis e procuram descentralizar suas atribuições. Eles valorizam a troca de insights junto à equipe e têm o auxílio dos subordinados para definir os rumos da gestão.

Trata-se de um modelo favorável ao clima organizacional e ao máximo aproveitamento do potencial dos talentos. 

No entanto, exige equilíbrio entre a liberdade dada aos colaboradores e a necessidade de tomar as decisões finais, para que elas não percam o timing. 

Liderança técnica

Entre os principais tipos de liderança, esse é o mais focado na execução técnica. Ou seja, os colaboradores são engajados pelo exemplo de qualidade e qualificação no trabalho. 

Além disso, a delegação de tarefas é condicionada à maior especialidade de cada talento.

O ponto forte dessa gestão de pessoas é sua capacidade de liderar pela inspiração e exemplo. Contudo, é preciso ter discernimento para entender que a forma de atuar não é a única certa, prezando pela confiança e flexibilidade da equipe.

E-leadership

Por sua vez, o e-leadership é voltado às particularidades da era digital. Seu foco está na potencialização das competências da geração millenial, que já corresponde à parcela prioritária de talentos buscados pelas organizações.

Para liderar os millennials, um e-leader deve dominar as particularidades do seu perfil comportamental. Elas incluem:

• Relação íntima com a tecnologia;
• Flexibilidade, resiliência e facilidade para lidar com mudanças;
• Altos níveis de exigência e ambição em relação ao trabalho e à carreira;
• Maior disposição para aprender e desenvolver suas competências;
• Alto interesse em inovação;
• Preferência por uma rotina flexível e pouco formal.

Portanto, além da intimidade com a tecnologia e com a liderança em tempos de home office, esse perfil preza pela autonomia dos talentos, sua flexibilidade, capacidade de colaboração, valorização profissional e desenvolvimento contínuo. 

O impacto da liderança na cultura organizacional

A cultura organizacional é composta por diversos elementos que envolvem a empresa, desde sua missão, visão e valores, até a maneira como esses aspectos são integrados, praticados e difundidos pelos colaboradores.

Seu desenvolvimento é moldado pelos tipos de liderança presentes na organização. Afinal, os líderes influenciam ideias, direcionam equipes e colaboram para o cumprimento dos objetivos comuns. 

Este impacto é refletido no engajamento, na qualidade do ambiente interno, na atmosfera da empresa e na experiência dos clientes.

Nesse sentido, diversos traços de uma liderança eficaz têm papel fundamental na manutenção e evolução da cultura organizacional. 

O apoio aos subordinados, estímulo à discussão de ideias, empatia e compromisso com o crescimento individual são alguns exemplos. Os líderes contribuem para uma cultura organizacional inovadora e forte ao:

• Proporcionar um escopo claro de trabalho;
• Satisfazer as necessidades dos colaboradores;
• Incentivar a participação ativa;
• Demonstrar compromisso com o crescimento individual e coletivo.

Portanto, muito além do simples alinhamento com a tecnologia, o reconhecimento da importância da cultura organizacional e o estabelecimento de uma liderança acessível e empática são fundamentais para o sucesso de qualquer empresa na era digital.

Desenvolvimento de líderes digitais

De acordo com um relatório do MIT, 82% dos executivos de mais de 120 países consideram o domínio digital essencial para todo líder. Entretanto, menos de 10% deles acreditam que suas lideranças estão preparadas para este cenário.

Ou seja, a transformação digital é uma prioridade no desenvolvimento dos diferentes tipos de liderança que compõem as organizações. Contudo, o RH estratégico ainda encontra dificuldades para promover esse perfil.

Muito disso se deve à crença de que basta contar com líderes adaptados à tecnologia. Contudo, o principal foco deve estar nas novas demandas do mercado e dos novos talentos. 

Nesse contexto, veja as principais habilidades a serem desenvolvidas em prol dos líderes digitais:

Capacidade de adaptação e inovação

Em um cenário de constante evolução, a habilidade de assimilar mudanças tecnológicas e promover inovações é crucial. 

Líderes que cultivam essa competência são catalisadores da transformação digital, impulsionando suas equipes a abraçar novas ideias e abordagens.

Comunicação assertiva

Além de dominar a tecnologia, os líderes precisam articular de forma clara e persuasiva, para a visão digital ser compreendida em todos os níveis. 

Uma comunicação eficaz alinha as equipes, promove a colaboração e fortalece o comprometimento com os objetivos.

Flexibilidade e empatia

A capacidade de se adaptar a diferentes contextos e compreender as necessidades individuais dos colaboradores é fundamental. 

A flexibilidade e a empatia constroem ambientes de trabalho colaborativos, promovendo o bem-estar da equipe e estimulando a inovação.

Priorização de tarefas

Líderes digitais eficientes sabem identificar e focar nas atividades mais relevantes para alcançar metas estratégicas, especialmente em tempos de home office. 

Isso otimiza o desempenho individual e direciona a equipe para conquistas mais alinhadas aos objetivos coletivos.

Aceitar e aprender com os erros

A cultura digital valoriza a experimentação e o aprendizado contínuo. Ao cultivar essa mentalidade, os líderes estimulam a inovação, permitindo que a equipe se sinta confortável ao buscar soluções criativas e experimentar novas abordagens.

Suporte e feedback

Criar um ambiente de trabalho que encoraje a troca de ideias e forneça orientação é essencial. 

O suporte ativo e feedback construtivo impulsionam o desenvolvimento das habilidades da equipe, promovendo um crescimento coletivo e uma jornada sustentável na era digital.

Tecnologias facilitadoras para liderança digital

Para promover uma gestão de pessoas e liderança pautada na colaboração, comunicação eficaz e nas demais habilidades da era digital que citamos acima, é natural que a tecnologia hoje tenha um papel central.

Com boas plataformas de gestão de desempenho e feedback, você garante precisão e praticidade para:

• Administrar a performance dos seus talentos com base em competências;
• Assegurar o bem-estar da sua equipe com pesquisas de clima e engajamento. 

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