O perigo de não compreender a importância da gestão de estoque é altíssimo para as empresas. Afinal, os efeitos da negligência só são sentidos quando os indicadores de ruptura e redução de capital de giro estão em níveis críticos. Descubra no artigo de hoje porque é vital dar atenção especial a este departamento. Importância da […]
O perigo de não compreender a importância da gestão de estoque é altíssimo para as empresas. Afinal, os efeitos da negligência só são sentidos quando os indicadores de ruptura e redução de capital de giro estão em níveis críticos. Descubra no artigo de hoje porque é vital dar atenção especial a este departamento.
A importância da gestão de estoque vai além da entrada e saída dos produtos. Envolve ativos que interferem diretamente no capital de giro da empresa. Isso porque o departamento se relaciona com diversos outros setores. Como por exemplo financeiro, o comercial, o marketing e muito mais.
Sobretudo para indústrias que lidam com produtos perecíveis, a importância da gestão de estoque é indiscutível. Na indústria farmacêutica, por exemplo, essa é uma realidade. No estudo Strength in Unity: The promise of global standards in the healthcare industry isso fica evidente.
O relatório orientado pela consultoria global Mckinsey demonstra que as perdas com estoques ineficientes de medicamentos são drásticas. Segundo ele, os remédios acabam se perdendo, sendo danificados ou até expirando a validade devido à falta de gestão. Ao todo, o prejuízo alcança a marca de U$$ 51 bilhões por ano, no mundo todo!
Outro estudo realizado pela mesma consultoria contabiliza perdas provenientes de não se dar a devida importância da gestão de estoque. Neste caso, a negligência gera um custo de U$$ 1,1 trilhão só no varejo, no cenário mundial.
Um estoque acima do necessário afeta diretamente os indicadores de capital imobilizado. E isso, no contexto econômico nacional é fatal. Principalmente quando levamos em conta os juros elevados estabelecidos pelo Banco Central.
Estoques abarrotados demais também apresentam riscos como perda de utilidade (obsolência), perda de validade e danos às mercadorias. Assim como o sempre presente risco de roubo dos produtos.
Assim como no caso de estoque com produtos em excesso, um estoque deficitário também traz prejuízos.
Um dos principais entre eles é a desvalorização no indicador conhecido por fill rate. Este é responsável por medir a porcentagem de pedidos completamente atendidos.
A queda deste indicador demonstra um histórico de clientes com potencial de abandono. Isto, por sua vez, acaba causando baixas consideráveis no faturamento, principalmente caso se mantenha ao longo do tempo.
Para evitar os prejuízos acima, existem diversas práticas para atender à importância da gestão de estoque. Conheça algumas delas a seguir:
Acompanhar os indicadores de desempenho vai te ajudar a ter uma visão mais ampla dos resultados do seu negócio.
A partir das informações fornecidas por eles, você poderá realizar um planejamento mais assertivo e eficaz. Além de tornar a tomada de decisões mais eficiente e a elaboração de novas estratégias um processo mais seguro.
Para tanto, você pode utilizar dados do giro de materiais, do cronograma para inventários, das anotações e controle de perdas. Assim como observar os desperdícios, extravios e avarias e as peças que se desgastam. E o principal: avaliar as curvas de vendas por períodos, sejam mensais, semestrais ou anuais.
A partir da análise dos indicadores e do conhecimento das características particulares do seu negócio, é possível escolher o método ideal de controle de estoque.
Confira os principais entre eles:
Esta é a sigla para “primeiro que entra, primeiro que sai” ou, em inglês “first in, first out”. Nesta técnica, o preceito é de que os produtos a mais tempo no estoque devem ser os primeiros a ser vendidos.
É o método mais utilizado em casos de mercadorias perecíveis, como alimentos e medicamentos. Também é uma excelente técnica para evitar desperdícios, já que os produtos armazenados a mais tempo saem antes.
Este é o método contrário ao anterior, ou seja: “último a entrar, primeiro a sair” .Ou, em inglês, “last in, first out”.
Nesta técnica, no cálculo dos custos dos produtos vendidos se baseia no valor das mercadorias mais recentes do estoque. Por isso, requer muita atenção à rotatividade dos itens.
Aqui a regra é, literalmente: o primeiro que vence é o primeiro que sai. Ou, em inglês “first expire, first out”.
É aplicável especialmente a produtos com validade muito curta, como é o caso do leite e seus derivados.
Custo médio
Esta técnica é a mais comum entre as empresas, conhecida também como média ponderada ou média móvel. Nela, uma reavaliação de custos é feita sempre que um produto novo entra no estoque.
O cálculo, basicamente, consiste na soma dos produtos antigos com os valores dos produtos novos. Então, a quantidade total de itens é dividida pelas mercadorias ainda disponíveis no estoque.
A principal vantagem deste método é ser reconhecido pelo fisco para contabilização e comprovação do Imposto de Renda.
Uma metodologia da melhoria contínua, o just in time busca manter um estoque suficiente apenas para atender às demandas. Isto é, possui somente os produtos necessários para suprir a procura do momento atual.
Este método requer um conhecimento profundo de suas práticas para que não acabe deixando faltar produtos no estoque. Porém, quando devidamente aplicado, revela-se uma das melhores estratégias de controle: sem desperdícios e com maiores lucros.
Curva ABC
Esta metodologia, também chamada de Análise de Pareto, se baseia no princípio de que 80% do faturamento resulta em 20% do estoque.
O conceito propõe dividir o estoque em três grupos para apontar os produtos com maior e menor importância.
Desenvolvido por Fresh Lab - Agência de Performance Digital