Governança corporativa, ESG e gestão fiscal: Aprenda como alinhar essas estratégias para criar um futuro mais sustentável para sua empresa.
A governança corporativa pautada pelas políticas ESG está se tornando uma prioridade cada vez maior entre as empresas.
Durante a implementação dessas novas políticas, é muito importante que o setor fiscal seja envolvido, algo que evita problemas de transparência e controle tributário.
Fora isso, a inclusão da área também é uma forma de ampliar o engajamento da empresa nos pilares ESG, afinal, quanto maior o número de setores envolvidos, maiores serão as transformações positivas.
Depois dessa breve introdução, você deve estar se perguntando como Governança Corporativa, ESG e Gestão Fiscal se relacionam, certo?
Esse será o tema do nosso artigo de hoje.
Prepare-se para entender os pilares e vantagens do ESG e a relação entre controle fiscal e as mudanças propostas pelos novos critérios ambientais, de governança e sociais (que formam a base das políticas ESG).
Boa leitura!
A governança corporativa tem um papel muito importante na organização da sua empresa. Afinal, é ela que define os princípios e processos de gestão.
Dessa forma, ela garante que tudo seja feito em conformidade (o famoso Compliance) com as leis e normas vigentes, e também contribui para a otimização do desempenho e dos processos de administração.
E vale destacar que sua importância vai além do ambiente interno. A governança corporativa conecta o negócio às partes interessadas, sejam elas colaboradores, fornecedores, acionistas, clientes, sócios e investidores.
Tudo isso forma um dos pilares do ESG, neste caso, a letra G (que corresponde justamente à governança).
Mas o que isso quer dizer?
Na prática, isso significa que sua empresa necessita de uma administração de ponta para atuar positivamente junto à sociedade e ao mercado onde ela atua.
O bom posicionamento corporativo não depende só de resultados e lucros. Hoje, a responsabilidade Ambiental, Social e de Governança das companhias dita a sua relevância no cenário competitivo.
O papel da governança corporativa em ações ESG é justamente garantir a coesão das atividades da empresa, não só com os seus objetivos de negócios, mas também com uma visão de desenvolvimento sustentável.
Leia também: Como ESG e Compliance estão transformando a Governança Corporativa
Depois de conhecer a relação entre ESG e governança corporativa, você também precisa saber quais são os pilares que sustentam essa estratégia, concorda?
Cada um deles corresponde a uma das letras da sigla. Entenda a seguir:
Envolve a gestão dos impactos ambientais. Isso inclui práticas relacionadas à eficiência energética, gestão de resíduos, redução de poluentes, entre outras medidas voltadas à sustentabilidade.
Foca na responsabilidade social. Envolve áreas como direitos humanos, leis trabalhistas, diversidade, inclusão, saúde e segurança ocupacional, relações com a comunidade local, desenvolvimento social, e assim por diante.
Refere-se à estrutura de governança. Inclui a transparência, prestação de contas, equidade, ética nos negócios, comitês de auditoria e compliance, políticas anticorrupção, entre outras boas práticas de gestão e ética.
Empresas comprometidas com o ESG buscam equilibrar esses três elementos para alcançar um crescimento mais sustentável e responsável.
Depois de entender quais são os 3 pilares do ESG, é fácil perceber sua importância para transformar sua empresa em uma instituição mais ética, socialmente engajada e ambientalmente responsável.
Como citamos, esses aspectos também refletem as novas prioridades do mercado e dos stakeholders.
Isso significa que uma boa governança corporativa, pautada pelo ESG, pode gerar uma série de benefícios adicionais ao seu negócio. Eles incluem:
Em conjunto, essas vantagens destacam como as políticas ESG não apenas contribuem para a sustentabilidade e responsabilidade social, mas também têm impactos positivos nos resultados financeiros e na percepção da empresa no mercado.
Finalmente, agora que você sabe o que é governança de ESG e a importância de implementá-la, chegou a hora de esclarecer sua relação com a gestão fiscal.
De acordo com o relatório Tax ESG, da PwC Brasil, empresas com operações fiscais transparentes contribuem para a economia, aumentam a maturidade do cenário empresarial brasileiro e fazem o que é certo.
Ou seja, elas lidam com os tributos com ética, sem buscar apenas benefícios para seus acionistas.
Para deixar isso bem claro, vale lembrar de casos recentes de empresas que, para não impactar negativamente a percepção de seus investidores, mascararam relatórios econômicos para não afugentá-los.
Porém, quando a realidade veio à tona, o estrago foi bem maior e atingiu, inclusive, a credibilidade junto ao público.
Lembre-se que os pilares do ESG estimulam as organizações a gerar valor, difundir princípios éticos e promover a sustentabilidade.
Isso vale não só para elas e suas partes interessadas, mas para a sociedade como um todo.
Nesse sentido, o papel do setor fiscal é realizar toda a apuração tributária em conformidade com as leis e dar transparência para essas informações.
Tanto o público quanto potenciais investidores (e também órgãos fiscalizadores) devem ser capazes de conhecer a real situação fiscal da empresa.
Mas esse não é o único benefício. Existem outras contribuições da área fiscal para cada pilar do ESG. Veja mais a seguir:
O pagamento de tributos ambientais (conhecidos como “green taxes”) sobre produtos e serviços que impactam negativamente o meio ambiente cria um incentivo financeiro para empresas adotarem práticas mais sustentáveis.
Além disso, a concessão de incentivos fiscais à geração e consumo de energia limpa estimula a transição para fontes de energia mais sustentáveis, contribuindo diretamente para objetivos ambientais
A adoção da ética tributária aliada à transparência fortalece a credibilidade da empresa e promove relações mais responsáveis.
Fora isso, é importante lembrar que o recolhimento de impostos custeia políticas públicas, que são essenciais para melhorar a sociedade em que vivemos.
Também não podemos deixar de comentar que a prática do “fair share of taxes” (justa parcela de tributos) garante uma participação justa nos custos sociais e reforça a ética tributária.
Por fim, uma boa estratégia tributária pode alinhar as práticas fiscais com os objetivos de conformidade.
Ao fazer isso, sua empresa fortalece a integridade das operações e a segurança jurídica, fatores bem importantes para ter uma governança corporativa eficaz.
A sinergia entre a gestão fiscal e o ESG vai além dos tributos e engloba outros elementos essenciais para gerar uma governança sólida. Dentre eles se destacam:
A fragilidade estrutural pode comprometer a comunicação com órgãos fiscalizatórios e gerar insegurança jurídica.
Para atender os requisitos de ESG, vale a pena contar com sistemas eficientes, seguros e capazes de gerenciar grandes volumes informacionais. O melhor exemplo são os ERPs, com seus módulos de gestão fiscal.
Essas ferramentas reúnem dados essenciais e possuem integração com diversos sistemas usados pelos órgãos fiscalizadores, o que aumenta a transparência e agilidade na prestação de contas.
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Mais que atender aos requisitos fiscais, o ESG exige um alto nível de transparência e maturidade tributária. Esse cenário só se consolida quando o Compliance está no centro da cultura organizacional.
Quando as organizações se comprometem em atuar de maneira mais ética e responsável, a conformidade deixa de ser vista apenas como uma exigência legal. Ela passa a ser uma prioridade que guia todos os processos.
Além dos benefícios diretos para a área fiscal, a maturidade tributária cria base para que sua empresa avance em outras pautas relevantes e atuais. Esse é o caso da implementação de medidas de sustentabilidade, por exemplo.
Ao estar resguardada em suas obrigações, a organização fica mais bem preparada para adequar suas operações, processos e padrões produtivos às ações da agenda ESG.
Após uma entrevista com centenas de líderes fiscais de todo o mundo, a Deloitte definiu 5 etapas básicas para implementar uma gestão de governança corporativa e fiscal alinhada ao ESG.
Confira um resumo de cada estratégia:
Ao adotar práticas ESG, é crucial identificar as implicações fiscais.
Isso envolve não apenas o cumprimento de operações da área tributária, mas também a exploração de incentivos fiscais e oportunidades de economia relacionadas à sustentabilidade.
Esteja atento às implicações fiscais que surgem a partir das transformações na cadeia de suprimentos.
Considere tendências como o financiamento verde e créditos de carbono para aproveitar as oportunidades e prepare-se para um cenário tributário ambientalmente complexo.
A governança tributária é a chave para a visibilidade e conformidade fiscal. Estabelecer KPIs precisos, divulgar relatórios transparentes e colaborar proativamente com formuladores de políticas e reguladores são ações-chave.
A colaboração e comunicação dentro da organização são essenciais, assim como a qualificação e diversificação das equipes tributárias.
A automação e a terceirização também são recursos a serem considerados para atender às crescentes demandas relacionadas ao ESG.
Estabeleça claramente quem são os responsáveis pelas questões ESG na área fiscal e garanta uma supervisão adequada.
Antes, integrar a governança corporativa à gestão fiscal e aos princípios ESG era um diferencial. Porém – e cada vez mais – essa adequação será vista como essencial para se manter no cenário competitivo.
Afinal, a conexão desses pilares não envolve apenas exigências regulatórias.Trata-se de um caminho para prosperar com base na transparência, conformidade e consciência socioambiental.
Por essa razão, sua empresa deve começar a transformação o mais rápido possível. E parte desse plano pode ser simplificada ao utilizar as ferramentas adequadas.
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Antes de aplicar todas as informações que você aprendeu sobre governança corporativa, não saia da página sem antes tirar as suas últimas dúvidas sobre o assunto:
Gestão ESG é uma abordagem empresarial que foca em questões Ambientais, Sociais e de Governança em suas práticas operacionais e estratégicas.
O objetivo do ESG é promover a sustentabilidade e responsabilidade empresarial. Além do sucesso financeiro, ele visa criar impactos positivos na sociedade e no meio ambiente.
Para ser considerada ESG, uma empresa precisa adotar práticas sustentáveis em suas operações, incorporar critérios sociais e de governança corporativa em sua cultura e processos.
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